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Foto: Reprodução |
Há 40 anos a ciência trava uma batalha contra um vírus que já fez mais de 35 milhões de vítimas no mundo todo: o vírus da Aids. Dos anos 90 pra cá, o tratamento avançou muito. Hoje é possível conviver com a doença sem transmitir o vírus, mas ainda não existe cura pra ela.
Uma das apostas dos cientistas para a prevenção é o desenvolvimento de uma vacina que está sendo testada em oito países, inclusive no Brasil. A expectativa é grande: se funcionar, pode ser um marco, comparável à descoberta dos coquetéis anti-HIV, há mais de duas décadas.
“Basicamente a gente utiliza um outro vírus, que não é o HIV. Nesse caso seria o adenovírus-26, de um resfriado comum, altera em laboratório esse adenovírus-26 de forma a não causar doença e acopla a esse vírus estruturas genéticas, genes mesmo, do HIV tipo 1”, explica Bernardo Porto Maia, coordenador do estudo.
Ou seja, é como fazer uma cópia de uma chave, que vai ter os mesmos encaixes, mas não é a chave original. “Quem receber a vacina consegue montar uma resposta imune contra o HIV sem o risco de se infectar por esse vírus”, explica Bernardo.
A ideia é que os voluntários desenvolvam anticorpos para combater o HIV, caso venham a ter contato com o vírus, por exemplo, numa relação sexual.
Mas a recomendação continua: uso de camisinha e outros métodos de prevenção. Até porque, como em qualquer estudo deste tipo, os voluntários não sabem se estão recebendo a vacina ou um placebo, uma substância sem efeito nenhum. Só no final da pesquisa é que cientistas vão saber quem tomou o que, e assim poder comparar os resultados e saber se a vacina funciona ou não. Mas os testes feitos em laboratório foram animadores.
*G1
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