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Foto: Reprodução |
O embaixador Tovar da Silva Nunes disse, durante sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta última terça-feira (7) que Brasília tem "extrema preocupação" com as decisões de expatriar opositores e com as notícias de violações de direitos humanos na Nicarágua. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
A fala foi dita em referência à retirada de nacionalidade de mais de 300 opositores pelo regime de Daniel Ortega no país no mês passado.
O chefe da delegação permanente do Brasil em Genebra mencionou os relatórios de que há execuções extrajudiciais, tortura de dissidentes políticos e detenções arbitrárias na Nicarágua. Também disse que o Brasil apoia que haja diálogos com o regime de Ortega.
A movimentação vem após um grupo independente de especialistas do Conselho de Direitos Humanos publicar um relatório no qual comparava as práticas adotadas pelo regime de Ortega e Rosario Murillo, a número 2 do regime, ao regime nazista de Adolf Hitler.
Antes do Brasil, o Chile já havia oferecido nacionalidade para as centenas de expatriados, muitos dos quais já viviam no exílio, e outros que eram presos políticos e foram enviados para os EUA. O governo da Espanha também havia feito o mesmo, e a Argentina manifestou intenção de ofertar cidadania.
O Brasil vinha sendo criticado por não se manifestar de maneira enfática sobre as arbitrariedades de Ortega, líder que, depois de ajudar a combater uma ditadura na década de 1970, organizou o seu próprio regime autoritário.
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