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Foto: Filipe Luiz/Metropress |
Após o pico do período pandêmico, o número de doações de córneas sofreu uma queda significativa na Bahia. Com o aumento da procura e a baixa quantidade de doações, o tempo na fila de espera atualmente é de 16 meses, segundo Márcia Feitosa, oftalmologista do Banco de Olhos da Bahia entrevistada pelo Metropole Saúde, na segunda-feira (11).
"Durante o período da campanha Fila Zero nós tivemos uma redução bem significativa da fila de espera. De repente veio a pandemia e houve uma queda nas doações. Se não tem doação, não tem transplante. Hoje, nós estamos com fila de espera em torno de 16 meses, com aproximadamente 1.200 pacientes na fila”, explicou Márcia Feitosa.
Para a oftalmologista, o cenário negativo pode ser revertido através de campanhas para a conscientização da população a respeito do tópico da doação de córneas, assim como demais órgãos.
Detalhes sobre doação
Ao tirar a dúvida de um ouvinte, a especialista também explicou que como a córnea é um tecido, ela “foge da exigência da fila de outros órgãos”, em que o doador precisa estar morto. No entanto, assim como os demais, é preciso um consentimento da família, geralmente um familiar de primeiro grau, para liberar a doação de córnea.
Quem também deu mais detalhes sobre o processo de doação foi a enfermeira da Central de Transplantes da Bahia, Regina Vasconcelos. Ela acrescentou que pacientes com diagnóstico de câncer podem ser doadores do tecido, já que não há contraindicação.
"O paciente com alguns tipos de câncer poderá realizar a doação de córneas. Tem algumas doenças que impedem a doação de múltiplos órgãos, como é o caso de leucemia, doenças oncohematológicas, AIDS e hepatite. Tem algumas contraindicações absolutas, mas para doar córneas não tem problema ser um paciente com diagnóstico de câncer”, concluiu.
*Metro1
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